09 de janeiro de 2004. Anjos Enochianos

Curitiba, 09 de janeiro de 2004. 14:55  sexta-feira
An iv11 Sol 18° Capricorn, Luna 12° Leo Dies Veneris

Há mais ou menos dez dias tenho feito algumas experiências com Enochiano. Numa dessas últimas invocações, um anjo, que não recordo o nome, começou a conversar comigo a respeito de questões relativas a natureza dos anjos, se são espí­ritos, ou o que são.
No meio dessa conversa, algo interessante me foi dito. Quando perguntei sobre a natureza deles, ele (o anjo) respondeu que são energias mais sutis, e que não são imortais. Espantei-me e perguntei como poderiam não ser imortais, e se todos os anjos conhecidos não existem mais. A resposta foi que, na verdade, os nomes dos anjos designam funções, e que, como não existe nada eterno, eles também não são eternos. Me perguntou se eu conhecia algo eterno, e diante da minha negativa, disse que mesmo eles desconhecem algo que seja realmente eterno, além do Criador. A percepção do tempo, que é diferente entre humanos e esses seres, é que nos dá a impressão de serem eternos.

Perguntei também quanto tempo eles duram e por que os rituais às vezes não funcionam; por que as coisas não acontecem imediatamente. Ele falou que assim como nós, eles também têm receios e curiosidade a respeito das coisas que acontecem aqui. Logo, muitas vezes é o receio diante do desconhecido que os faz evitar cumprir isso. E qual seria o motivo para eles estarem desconfiados de nós? A resposta é que eles também questionam a intenção do magista, têm desconfiança. É preciso manter um certo contato, para haver troca de experiências entre eles.

Perguntei também se esses anjos podem ser os mesmo da época de John Dee, e ele respondeu que não, que esses nomes apenas fazem parte da história.A partir de semana que vem continuarei fazendo o ritual para saber mais sobre a natureza deles, sua perenidade e como eles tratam essa questão.Quando fiz a chamada em que esse anjo apareceu, ele se antecipou, perguntando qual era minha dúvida. Ele explicou que na realidade fazer o ritual para chamá-los é fácil, qualquer pessoal pode fazer isso, mas o difí­cil é manter os dois mundos alinhados e o portal de comunicação aberto. É preciso tempo e concentração para mantê-lo, ficando cada vez mais elaborado. Perguntei se eles poderiam ensinar como fazer isso, mas ele respondeu que eles têm tantas dúvidas quanto nós, e sabem tão pouco quanto nós. Da mesma forma que o plano em que vivemos, o plano deles tem uma certa realidade, mas diferente do que pensamos ou acreditamos, eles tem tantas dúvidas como todos nós temos. A questão é que certas dúvidas são diferentes das nossas. E desse jeito, quando um ritual funciona, é um grande momento para ambos os lados, pois existe a possibilidade de contato.

Mais uma vez perguntei se esse tipo de ensinamento nunca foi passado, e se os anjos não sabem de tudo. Ele respondeu que não, assim como nós não sabemos tudo, eles também não têm obrigação de saber tudo. Ele explicou que quando os mundos foram criados, eles foram separados, mas que existem canais de ligação entre eles, que precisam ser descobertos, e que nem eles sabem ao certo onde se encontram essas ligações. Por isso a troca de informações entre os magistas e os anjos é importante. Existe muita gente tentando fazer essas ligações, mas efetivamente pouca gente tem conseguido.
Por fim perguntei se esse contato que fiz com ele já não era um sucesso, e ele disse que não necessariamente, pois conversar muitos conseguem, mas avançar desse ponto é difí­cil. Depois disso ele pareceu se aborrecer e foi embora.